As motivações do incorporador têm uma lógica clara. Ele vai vender o hotel para terceiros, que nem sempre sabem se as perspectivas do mercado hoteleiro são boas. Ele constrói o hotel e realiza seu lucro imobiliário imediatamente. Se as condições de mercado forem favoráveis, o hotel vai operar bem e o comprador vai ficar feliz. Caso contrário, o comprador vai ter feito um mau negócio. Em qualquer caso, o incorporador já lucrou.
Logicamente,
nem todos os incorporadores são inconseqüentes. Há muita empresa séria e
comprometida com a perspectiva de renda que seu comprador vai ter.
Infelizmente, os que não pensam assim conseguem prejudicar todo o mercado, (compradores
e donos de hotéis estabelecidos) com sua atitude irresponsável e não
sustentável.
O
lançamento de projetos sem fundamento mercadológico traz danos a toda a
hotelaria de uma região. Esse processo é muito conhecido em nosso mercado. No
início dos anos 2000, muitas capitais do mundo passaram por um ciclo de super-oferta.
Para tornar a situação mais complicada, a demanda também foi afetada pela crise
financeira e pela turbulência política. O excesso de novos quartos e a demanda
em queda trouxeram quedas brutais, situação que comprometeu o lucro dos hotéis
e travou a implantação de novos empreendimentos por muitos anos.
Nos últimos
anos o mercado hoteleiro apresentou importantes avanços, como o lançamento
do Manual de Melhores Práticas para Hotéis de Investidores Pulverizados, que
resguarda os direitos de compradores de hotéis e investidores de fundos
imobiliários; a maior disponibilidade de dados sobre o desempenho dos mercados,
como Panorama da Hotelaria, a profissionalização do mercado, com empresas de
capital aberto, fundos de investimentos hoteleiros e mais redes internacionais.
O curioso
é que, apesar desses avanços, os erros do passado estão se repetindo. Há
diversos mercados nos quais o lançamento excessivo de novos hotéis, grande
parte dos quais através de venda imobiliária, vai trazer queda brutal de
ocupação, diária e lucro. Como em
toda estimativa de longo prazo, há uma grande chance de a realidade ser um
pouco diferente. No entanto, a direção é absolutamente clara: o mercado
hoteleiro dessa cidade vai sofrer as consequências dessa superoferta, com queda
brutal da receita e da renda dos investidores.
As
entidades hoteleiras deveriam estar atuando junto aos órgãos municipais para
evitar esses excessos. Os hoteleiros não podem ficar no camarote, assistindo a
chegada do tsunami de oferta. Ele vai atingir a todos e vai destruir o valor
econômico dos hotéis.
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