O Brasil se
escandaliza com políticos, mas não vê problema algum no governo. São cidadãos
que se preocupa com os centavos da passagem de ônibus, ou do preço da gasolina
nos postos de combustível da cidade, mas fica aflita pelos milhões de reais lapidados
da Petrobras. A metade dos brasileiros chama empresário de sonegador, mas
aceita a maquiagem fiscal do governo. Prega a estatização do financiamento
eleitoral. Acredita em governo grátis, mesmo quando o país trabalha até maio só
para pagar impostos.
No Brasil protestam-se
quando morre um traficante, mas festeja quando morre um policial militar. Não
se importa em destruir a vida do adversário, se isso for importante para a
causa. Passa a odiar sua cidade quando a maioria não vota em seu candidato. Sabe
que o país está sendo saqueado, exaurido, violentado - mas diz que o problema é
o governo.
A metade dos
brasileiros é sedentária, conectada à internet. Odeia a censura, mas quer o
controle social da mídia. Apóia o movimento gay, mas também apóia campanhas
anti LGBT. Alguns lobbys brasileiros fazem tudo para acabar com a família e a
igreja, pois sabe que elas são os principais focos de resistência ao poder do
estado e dos movimentos sociais.
A política
social tem se apresentado como uma política fundamental para o bem estar dos
cidadãos, além de se constituir em objeto de reivindicação dos mais diferentes
movimentos sociais e sindicais. Debater a política social como política no
âmbito da sociedade capitalista é buscar resgatar seu caráter de classe social,
ou seja, uma política que responde principalmente aos interesses das classes
políticas e econômicas dominantes.
A corrupção no Brasil afeta
diretamente o bem-estar dos cidadãos brasileiros quando
diminui os investimentos públicos na saúde, na educação, em infra-estrutura,
segurança, habitação, entre outros direitos essenciais à vida, e fere
criminalmente a constituição quando amplia a exclusão social e
a desigualdade econômica. Na prática a corrupção ocorre por meio de desvio de
recursos dos orçamentos públicos da união, dos estados e dos municípios destinados
à aplicação na saúde, na educação, na previdência e em programas sociais e de
infra-estrutura que, entretanto, são desviados para financiar campanhas
eleitorais, corromper funcionários públicos, ou mesmo para contas bancárias
pessoais no exterior.
Ocorre que a
preocupação primordial do estado é assegurar a perpetuação da força física
trabalhadora e para isso, desnecessária priorizar a destinação dos recursos
financeiros arrecadados em benefício dos empregados. Não se exige um
gerenciamento eficaz dos recursos arrecadados perante a classe de empregados,
mas sim uma reciprocidade por parte do estado via serviços e garantias de cunho
social, a fim de que esteja garantida a mantença da força física do
trabalhador, em um estado que satisfaça as exigências de um regime de produção
capitalista, ora em uma economia neoliberal.
Objetiva a política
social, transferir parte do preço da força de trabalho que é devido ao
empregado para outros fins, visando principalmente, o investimento no capital
privado lucrativo. Ao seu bel prazer, utilizou-se dos recursos disponíveis
desvairadamente, tendo como beneficiário prioritário a iniciativa privada,
obedecendo claro, os interesses estatais que não inclui necessariamente os
interesses sociais dos trabalhadores.
O raciocínio
aqui exposto é facilmente comprovado tomando como exemplos outros casos de
malversação dos recursos públicos visando interesses do capital privado estrangeiros
efetuados pelo BNDES. Denota-se uma verdadeira contradição entre os relevantes
fins objetivados pela real política social, em oposição àqueles alcançados
pela vigente política maniqueísta implementada, e eficazmente utilizada pelo
estado, e maquiada sob o rótulo de “social”.
O vergonhoso
fato carregado de obviedade, de que o controle legal do preço da força de
trabalho, e a perpetuação da subordinação do trabalhador (ambos os casos
mantidos pela política social atual) são custeados, sob o aspecto econômico,
por toda a sociedade, sendo tal injusta situação quase que imperceptível por
grande parte da população, incluindo-se aí não somente os leigos por má
formação nos bancos escolares, mas, também, os ditos críticos e formadores de
opinião, dantes privilegiados pelo grau de instrução de que são detentores, que
até o presente não despertaram e visualizaram objeto do estudo aqui
apresentado, visto a notável evidência política manipuladora, institucional e
legalmente, imposta por este estado.
A política
mostra o corpo de doutrinas, indispensáveis, ao bom governo de um povo, dentro
das quais devem ser estabelecidas as normas jurídicas necessárias ao bom
funcionamento das instituições administrativas do estado. Quando o estado
busca, em suas realizações, o atendimento a necessidades sociais básicas da
população, seja através de garantias e ações concernentes à assistência social,
saúde, educação, segurança etc.
Neste
raciocínio, políticos e política social representam atuações do poder político
visando o bem-estar da população. Entretanto, analisados desta forma, estes
conceitos perdem sua historicidade e, fundamentalmente, seu conteúdo de classe
social. O que determina as doutrinas, as normas jurídicas, e o funcionamento
das instituições administrativas do estado, emana de uma concepção da relação
indivíduo-sociedade fundamentada numa perspectiva positivista, de uma ordem
natural, onde a existência das diferenças e das desigualdades sociais
apresenta-se como fenômenos inerentes à natureza humana.
Entretanto, o
que temos é uma sociedade capitalista, que não corresponde a uma ordem natural
de produção da vida social. No modo capitalista de produção da vida social, a
classe capitalista detém os poderes político e econômico, determinando, assim,
toda a vida social. Há que se considerar que numa sociedade capitalista
democrática, alguns aspectos da vida social são decididos coletivamente,
fundamentalmente aquelas decisões que não impliquem em mudanças substanciais no
modo de produção. Um modo de produção que se funda na desigualdade e na
exploração da força de trabalho. Um modo de produção onde a política é a
política definida pelas classes dominantes e que responde aos interesses desta.
A política social não foge a esta regra.
A política
social é uma política, própria das formações econômico-sociais capitalistas
contemporâneas, de ação e controle sobre as necessidades sociais básicas das
pessoas não satisfeitas pelo modo capitalista de produção. É uma política de
mediação entre as necessidades de valorização e acumulação do capital e as
necessidades de manutenção da força de trabalho disponível para o mesmo. Como o
capital e o trabalho se constituem nas duas categorias fundamentais do modo
capitalista de produção, a política social transita entre ambos. Ou seja, ainda
que, prioritariamente, respondendo às necessidades do capital, esta resposta
deve produzir algum grau de satisfação às necessidades do trabalho.
Portanto, há
uma problemática na política social. Inicialmente, os beneficiários diretos da
política social, em prática no Brasil, seriam os trabalhadores assalariados.
Porém, o estado, ao garantir à camada necessitada alguns direitos sociais que
ele mesmo impôs (através das normas jurídicas), exige que, para tanto, seja
efetuada uma contraprestação por parte dos trabalhadores. A política social é
garantida e efetivada apenas com o custeio dos próprios beneficiários, ou seja,
dos trabalhadores assalariados.
Todo o recurso
que é apropriado pelo estado, quando este visa garantir o bom funcionamento da
política social, por ser gerenciado pelo próprio poder público, não se torna
necessária e obrigatória a utilização do montante arrecadado em sua totalidade,
já que, para dar ensejo às garantias asseguradas ao trabalhador assalariado,
objetiva-se um serviço, ao menos, satisfatório. Com a política social
implantada pelo estado e garantida ao trabalhador, torna-se possível a
perpetuação deste último, despendendo-se um mínimo em dinheiro pela classe
empregadora, possibilitando-se, de efeito, um aumento em sua margem de lucro.
Tal custeio é
imposto ao trabalhador ante a justificativa de ser ele o mantenedor de todo um
conjunto de benefícios concedidos pelo estado em prol da classe trabalhadora. Com
isso, observam-se ações governamentais que garantem um mínimo de subsistência
ao empregado, o que, conseqüentemente, reflete no preço da força de trabalho
que a ele é pago pelo empregador.
Ao garantir a
previdência, e o direito a um serviço de saúde mais eficiente. No entanto,
quando o poder público mantém uma política social como a que se encontra
vigente, contrariamente ao que aparenta, sua intenção não é a de propiciar uma
vida digna à força de trabalho, mas, na realidade, está o estado incluindo um
plus na remuneração do empregado, porém, não em espécie.
O que é
fundamental é o fortalecimento daqueles que se encontram fora dos processos
decisórios que se dão, em última instância, no âmbito político. Os espaços
políticos já existentes (sindicatos, associações, conselhos) e a busca
incessante de criação de novos espaços de participação, podem se constituir em
um caminho possível de fortalecimento dos indivíduos para que reconheçam
sujeito coletivo e imponham mudanças importantes em ambas as políticas,
mudanças estas que venham a favorecer a maioria da população.
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